Ampliação da economia em 2024 engloba estimativa de que a taxa Selic suba para 11,25% até o fim do ano
Dias atrás, o mercado financeiro se manifestou e revelou que pode haver o crescimento da economia brasileira. Vale lembrar que neste ano subiu de 2,68% para 2,96%.
A revisão de 0,28 ponto percentual para cima aconteceu depois da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) do segundo trimestre do ano. O resultado surpreendeu e subiu 1,4% em comparação ao primeiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.
Para 2025, a expectativa para o PIB continuou em 1,9. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro também projeta ampliação do PIB em 2%, para os dois anos.
Ampliação da economia em 2024
Em 2023, também superando as projeções, a ampliação da economia em 2024 cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, conforme o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%.
Por sua vez, a previsão de cotação do dólar está em R$ 5,40 para o fim deste ano. E no fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,35.
Inflação
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – em 2024 passou de 4,3% para 4,35%. Para 2025, a projeção da inflação ficou em 3,95%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,61% e 3,5%, respectivamente.
Já a estimativa para 2024 está acima da meta de inflação. Porém, ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Meta contínua
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua. Com isso, o CMN não necessita mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em agosto, puxado, sobretudo, pelas quedas de preços em alimentos e despesas com habitação, houve deflação de 0,02% no país, após o IPCA ter registrado inflação de 0,38% em julho. Segundo o IBGE, em 12 meses, o IPCA acumula 4,24%.
Taxa de juros
Todavia, para atingir a meta de inflação, o Banco Central usa a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Todavia, na última reunião, no fim de julho, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, após um ciclo de sete reduções que foi de agosto de 2023 a maio de 2024.
Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 10,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9,5% ao ano e 9% ao ano, respectivamente.
Conter a demanda aquecida
Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que impacta nos preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Sendo assim, as taxas mais altas também podem dificultar a ampliação da economia.
Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, diminuindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
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