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História do módulo brasileiro: Equipe da Uerj conclui pesquisas na Antártica

Pesquisa 365 por Pesquisa 365
5 de junho de 2025
em Pesquisas
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História do módulo brasileiro
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História do módulo brasileiro inclui ainda um documentário

Pesquisadores do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) finalizaram, em meados deste ano, mais uma fase das atividades de campo no Criosfera 1, primeiro módulo científico brasileiro na Antártica. Instalado no meio do continente gelado, o laboratório completou dez anos de funcionamento. O objetivo deste trabalho é o de analisar o clima e a concentração de dióxido de carbono (principal gás de efeito estufa), a partir da coleta de dados na região que se reflete em todo o planeta.

Segundo o professor Heitor Evangelista, do Departamento de Biofísica e Biometria (DBB) do Ibrag, coordenador científico do consórcio que abrange outras instituições de pesquisa brasileiras:

“É importante saber como ocorre a dinâmica local para que essas informações orientem modelos que possam prever melhor a questão da perda de massa de gelo e, consequentemente, sua contribuição para a elevação do nível do mar. Também analisamos o impacto do buraco na camada de ozônio sobre o meio ambiente antártico. Uma maior quantidade de raios ultravioleta incide na superfície, o que traz várias consequências para a vida terrestre e marinha.”

História do módulo brasileiro

Além disso, estudos recentes da história do módulo brasileiro, revelam um aumento na temperatura anual da área nas últimas décadas. Do ponto de vista global, a península e o centro-oeste da Antártica são as regiões que mais sofrem aquecimento, explica Evangelista:

“Este ano, instalamos dois sensores para monitorar as radiações UV-A e UV-B e, desta forma, avaliar a recuperação da camada de ozônio.”

Potencial para pesquisas

Contudo, outras pesquisas desta equipe engloba a microbiologia, que estuda formas de vida que só podem ser vistas com a ajuda de microscópio, afirma Cesar Amaral, professor do DBB:

“O gelo antártico é uma matriz biotecnológica de enorme potencial. Estudar os micro-organismos presentes na Antártica é estar na vanguarda sobre novos produtos que possam contribuir futuramente para o desenvolvimento da medicina e áreas afins.”

Trabalhos na Antártica

Já os trabalhos na Antártica incluem membros do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg), do DBB.

Segundo o pós-doutorando Sergio Gonçalves sobre o trabalho feito em parceria com o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

“Realizamos o monitoramento de aerossóis, aerobiologia, raios cósmicos e gases de efeito estufa na Antártica.”

Gonçalves disse ainda que tal estudo é essencial para entender melhor os ciclos que garantem a reciclagem de elementos químicos na natureza, além dos fatores pelos quais essas regiões são influenciadas.

“Dessa forma, é possível observar os impactos das queimadas da América do Sul e Austrália, as erupções vulcânicas, a poeira proveniente da Patagônia, o impacto do turismo costeiro e as emissões das estações científicas.”

Primeiros testes

Contudo, durante esta última viagem, ocorreram os primeiros testes do Atmos (Atmospheric Monitoring System), ferramenta de monitoramento ambiental totalmente desenvolvida no Laramg. O protótipo, instalado na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), base do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), conta com sensores para acompanhamento de gases de efeito estufa e registro de informações de temperatura e umidade, dentre outros parâmetros. E tudo isso proporciona uma análise simultânea com os dados gerados pelo Criosfera 1.

Estudo de poluente

Neste ano, também começou o estudo de um poluente específico, em cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). A iniciativa tem chamado a atenção em pesquisas ambientais: o microplástico. “São experimentos em fase inicial. Ainda há muito o que se aprender com esse processo”, declara Evangelista.

Tais ações servirão como base de dados para alimentar uma plataforma de informações mais consistentes sobre a área, possibilitando entender melhor as consequências das mudanças climáticas, rastrear as possíveis massas de ar que levam conteúdo atmosférico para o continente e quais os possíveis impactos humanos que a região sofre. Agora, a expectativa dos cientistas é embarcar novamente para a Antártica no fim do ano, durante o verão no hemisfério Sul.

Documentário

Por fim, a história de uma década de pesquisas virou filme. No documentário “Criosfera 1 – 10 anos no coração da Antártica”, viabilizado com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), os cientistas que idealizaram o projeto relembram a criação do módulo, instalado a 2,5 mil quilômetros ao sul da área da EACF. Além de Heitor Evangelista, outros três pesquisadores dão seus depoimentos: Marcelo Sampaio e Heber Passos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e Franco Nadal Villela, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Evangelista diz ainda:

“Ir para o centro da Antártica era um sonho, mas não tínhamos essa infraestrutura do Brasil. A primeira vez em que pisamos lá foi numa expedição junto com um grupo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E vimos que era possível, sim, porque outros países já estavam presentes, e não podíamos ficar para trás. Então, assim que surgiu a oportunidade de um edital do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), levamos adiante essa nossa ideia louca.”

Por fim, o pesquisador da Uerj afirma que a instalação do laboratório automatizado trouxe novos caminhos ao Proantar, que até 2012 se concentrava na borda do continente, onde fica a EACF.

“Dentro da Antártica é outro desafio. Mas conseguimos manter, ao longo desses dez anos, um módulo operacional, enviando dados que ficam disponíveis para toda a comunidade científica internacional.” Confira o documentário completo neste link.  

*Foto: Reprodução/Flickr (Christopher Michel – flickr.com/photos/cmichel67/52685642148)

Tags: UERJ
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