Imunizados pela Coronavac, no entanto, precisão tomar a 3ª dose da vacina em até nove meses após vacinação completa
No fim da semana passada, a Comissão Europeia anunciou que pretende mudar sua recomendação para viajantes vacinados com os fármacos aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém, ainda não decidiu em relação à EMA (agência regulatória europeia), e isso inclui o imunizante Coronavac.
Imunizados pela Coronavac
Por outro lado, a partir de março de 2022, os 27 países-membros do bloco “devem” permitir a entrada desses viajantes, segundo a regra atual, ainda em vigor. Sendo assim, eles “têm permissão” para receber os estrangeiros. Mas desde apresentem teste negativo para a Covid-19, isso inclui os imunizados pela Coronavac.
Além disso, não terá mais uma lista de autorizações para determinados países de origem. Atualmente, é permitida qualquer viagem não essencial. As restrições passarão a ser tomadas conforme o estado vacinal de cada passageiro. No entanto, a palavra final sobre a exigência ainda partirá dos governos nacionais.
Dose de reforço para imunizados pela Coronavac
Outra alteração anunciada é que todos os viajantes, residentes ou não na UE, devem tomar uma dose de reforço em até nove meses após a vacinação completa. Isso para que seu certificado Covid continue válido.
Segundo o novo regulamento, os certificados devem entrar em vigor em 10 de janeiro, depois da aprovação pelo Conselho Europeu (líderes dos 27 membros).
Com isso, a exigência da terceira dose para o certificado siga valendo considera evidências científicas de que a proteção oferecida pelas vacinas contra infecção se reduz após seis meses da segunda dose. E em menor grau para doenças graves e mortes.
Neste caso, os três meses adicionais são para que os países adaptem suas campanhas de imunização completa há ao menos seis meses.
Estágios diferentes
No mundo, as campanhas estão em estágios diferentes no bloco, com alguns países aplicando o reforço somente para idosos e vulneráveis.
Contudo, ainda não fá definição quanto ao prazo de validade do certificado após a dose de reforço. Esta decisão dependerá das evidências científicas e da evolução da pandemia.
Em caso de aprovação, as novas regras de validade do certificado, deverão valer não apenas para viagens. Mas também para atividades em que ele é exigido em diferentes países. Por exemplo, para frequentar restaurantes, casas noturnas ou para o trabalho presencial.
Por sua vez, o Reino Unido deve adotar uma restrição que proíbe voos de seis países africanos, conforme o jornal britânico The Guardian, que menciona fontes do governo. Com isso, os seguintes países serão colocados na lista vermelha: do Sul, Namíbia, Lesoto, Botsuana, Eswatini e Zimbábue. A justificativa para a medida é a descoberta de uma nova variante na região.
Turismo interno
Ainda segundo a Comissão, já foram emitidos 650 milhões de certificados digitais no bloco europeu. E há outros 24 países conectados ao sistema da EU. Mas da América Latina, apenas o Panamá aparece na lista.
O certificado registra a vacinação com imunizantes autorizados pela EMA, a recuperação de uma infecção pelo vírus ou o resultado negativo para a presença do Sars-Cov-2.
Vacinas não autorizadas
Por outro lado, sobre vacinas não autorizadas pelo regulador europeu, como a Coronavac/Sinovac ou a russa Sputinik, a decisão fica por conta de cada país do bloco, para residentes europeus.
Além disso, a Cmissão recomenda que viajantes de dentro do bloco que tenham o certificado não sejam sujeitos a restrições adicionais, como quarentenas ou testes. Já moradores da EU que possuem o documento e chegam de fora do bloco estarão submetidos a normas diferentes, conforme o risco do país de origem. Há quatro faixas, do verde ao vermelho escuro.
Para incluir a imunização, os critérios de classificação irão mudar. Serão consideradas agora a taxa de novos casos por 100 mil habitantes, a porcentagem de habitantes vacinados e a taxa de testes feitos.
Hoje, residentes que não possuem o certificado digital ainda poderão viajar dentro da UE, se apresentarem resultado negativo em teste de coronavírus ou fizerem quarentena, entre outras restrições que são de responsabilidade de cada país-membro.
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