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Dor crônica: Instituto Butantan desenvolve molécula para tratamento

Pesquisa 365 por Pesquisa 365
1 de julho de 2023
em Saúde
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Dor crônica
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Testes sobre dor crônica envolvem modelos animais; peptídeo aumentou resistência à dor neuropática sem interferir em funções fisiológicas importantes

Uma a cada cinco pessoas no mundo sofre com dor crônica. De acordo com Associação Internacional de Estudo da Dor, muitas não respondem aos tratamentos hoje disponíveis. Em estudo publicado no Journal of Clinical Investigation, pesquisadores do Instituto Butantan e da Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, desenvolveram um peptídeo que se mostrou capaz de reduzir a dor neuropática em modelos animais. A molécula foi sintetizada a partir da descoberta de uma mutação no receptor TRPV1 – responsável por captar estímulos nocivos de calor e a sensação de ardência da pimenta – que eleva a resistência à dor sem prejudicar a função protetora. O peptídeo se liga no mesmo lugar do receptor onde acontece a mutação, produzindo o mesmo efeito.

Dor crônica – receptor TRPV1

Por conta de sua importância na regulação da dor, o receptor TRPV1 é um dos mais estudados nesse campo. A pesquisadora Vanessa Zambelli, do Laboratório de Dor e Sinalização, vinculado ao Centro de Desenvolvimento e Inovação (CDI), explica que o primeiro passo foi fazer uma análise computacional das centenas de mutações desse gene em humanos e em aves. Isso porque as aves são conhecidas por sua resistência à capsaicina, composto presente na pimenta. Os cientistas identificaram uma mutação denominada K710, muito rara em humanos, como a mais promissora em testes in vitro.

“A partir disso, desenvolvemos animais com essa alteração genética e testamos em diferentes modelos de dor. Nós vimos que os camundongos modificados foram mais resistentes à dor, tanto à induzida pela capsaicina como à dor induzida em um modelo de neuropatia – equivalente a uma lesão no nervo.”

Porém, ainda era preciso verificar se a mutação não prejudicava as funções fisiológicas protetoras do receptor – controle da temperatura corporal, captação de calor nocivo e proteção do sistema cardiovascular e do sistema nervoso. Os resultados mostraram que todas essas atividades continuaram preservadas.

A construção do peptídeo

Uma vez demonstrado o efeito positivo da mutação K710, os pesquisadores buscaram um modo de alterar a função do receptor de forma farmacológica, sem a edição gênica.

“Nós desenhamos um peptídeo que se liga diretamente no local onde ocorre a mutação. É como uma chave e fechadura. Quando o peptídeo estabelece essa ligação, ele reduz a atividade do receptor.”

Além disso, o tratamento de saúde a partir do peptídeo foi eficiente para reduzir a dor nos animais.

O desenvolvimento dessa molécula em laboratório é o começo do caminho para um possível novo tratamento contra dor crônica no futuro. Contudo, nas próximas fases da pesquisa, serão feitos testes de toxicidade e o peptídeo será testado em outros modelos experimentais. Já os cientistas vão trabalhar maneiras de melhorar a estabilidade, a duração da ação e a “entrega” da droga, para que ela possa ser administrada por meios mais viáveis (como via oral ou injetável).

Busca por tratamentos mais seguros e eficazes

Os opioides (categoria que inclui a morfina) estão entre as substâncias mais usadas para o controle da dor. Entretanto, em relação à dor crônica, nem sempre são efetivos. E ainda podem causar uma série de reações adversas, como redução dos efeitos do remédio e dependência física, justificando a necessidade de terapias alternativas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 500 mil mortes no mundo por ano estão associadas ao uso de drogas, sendo mais de 70% relacionadas aos opioides – destas, 30% são decorrentes de overdose.

Por fim, segundo Vanessa, existem muitos pacientes que não respondem bem aos fármacos atualmente disponíveis para dor, e o tratamento individualizado é uma estratégia que tem sido mais explorada.

“Cada vez mais, a ciência busca compreender a dor relacionada a cada patologia. Entender como funciona, qual o mecanismo envolvido em determinado tipo de dor, quais as características genéticas de cada indivíduo, para tentar tratar os pacientes de uma forma mais individualizada.”

*Foto: Reprodução/Unsplash (Sasun Bughdaryan – unsplash.com/pt-br/fotografias/xWlsYJU4ynE)

Tags: Instituto Butantan
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