Emprego 1 ano após graduação integra levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e da Symplicity
Atualmente, no Brasil, 69% dos egressos do ensino superior estão empregados após um ano da formação. É o que revela uma pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e da Symplicity, empresa que atua junto às instituições para aumentar a empregabilidade e o engajamento estudantil.
Emprego 1 ano após graduação
Segundo o levantamento, a tecnologia da informação é a área com maior empregabilidade. E a remuneração média, em todas as áreas, é de R$ 3,8 mil.
A pesquisa ouviu cerca de 2 mil pessoas que colaram grau entre julho de 2020 e junho de 2021, de dez instituições privadas de ensino superior de todas as regiões do país. Quanto ao nível de formalização do trabalho, o levantamento indica que:
- 48,82% dos formados estavam em ocupações formais;
- 10,86% trabalhavam como autônomos ou profissionais liberais;
- 2,77% eram empresários;
- 2,82% estavam na informalidade.
Contudo, para os bacharéis e tecnólogos, o aproveitamento no mercado de trabalho foi mais significativo: 70% e 69%, respectivamente. Porém, quando foram analisados os profissionais que fizeram licenciatura, o índice caiu para 61%.
Sobre isso, o presidente da ABMES, Celso Niskier, afirma que a queda é natural.
“É mais baixa que a média porque a entrada no mercado não é automática. Muitas vezes, o professor depende do concurso público.”
Desvalorização da carreira do magistério no país
Todavia, Niskier acredita que o percentual abaixo dos demais pode estar associado à desvalorização da carreira do magistério no país, que também tem uma das rendas mais baixas entre as áreas pesquisadas, de R$ 2.732,76.
Outro dado trazido pela pesquisa é o de que o índice de formados que estão trabalhando é o mesmo, tanto para os egressos de cursos presenciais quanto à distância (EAD). Entretanto, somente 56% dos ex-alunos de cursos remotos trabalham na área escolhida.
Vale destacar que por ser a primeira edição da pesquisa, não houve base para comparação quanto aos impactos gerados pela pandemia da Covid-19 entre os egressos da educação superior. A crise mundial causou grandes impactos no mercado de trabalho.
Pandemia
Contudo, deve-se levar em consideração que há pontos puxados pela pandemia. Neste caso, apenas 20% dos formados em hospitalidade, por exemplo, estão trabalhando na área, que foi fortemente impactada pela Covid-19, diz Niskier.
“A área de informática também pode ter crescido por um impacto positivo das ferramentas criadas para dar vazão ao home office, ao novo modelo de funcionamento da sociedade.”
Áreas de formação
Em relação à área com maior empregabilidade, de tecnologia da informação, quase 80% dos formados afirmaram estar trabalhando após um ano da graduação.
A área de engenharia aparece em segundo lugar, com 77% dos entrevistados contribuindo com o mercado de trabalho. Desse percentual, 92% revelam estar atuando na área em que formaram.
Além disso, os pesquisadores sinalizam que os investimentos em tecnologia e a continuidade das atividades no setor de construção civil impulsionaram a maior oferta de vagas nas duas áreas.
Já entre os profissionais da saúde, os resultados da pesquisa também são positivos: 72% estão empregados e, desses, 85% atuam na área de formação.
A área de direito revelou que os egressos do curso: 53% estão no mercado de trabalho e 63% deles na própria área. Mais da metade dos egressos em negócios, comunicação e educação também garantiram ocupação no setor em que foram preparados na universidade, conforme a pesquisa.
Remuneração
O setor de tecnologia da informação também ficou no topo das maiores remunerações médias: R$ 5.268,75.
Entre as engenharias, os ganhos são, em média, de R$ 4.476,94. Já o aumento na demanda por profissionais de saúde possui os salários iniciais médios de R$ 3.912,62.
Por fim, confira outras remunerações iniciais segundo a área de trabalho:
- Comunicação: R$ 3.715,12
- Direito: R$ 3.686,87
- Negócios: R$ 3.324,74
- Educação: R$ 2.732,76
- Humanidades: R$ 3.324,74
*Foto: Reprodução
